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Estudo resume as principais abordagens em terapias personalizadas para câncer de tireoide avançado

  • daniellezanandre
  • há 7 dias
  • 3 min de leitura

O tratamento do câncer de tireoide avançado e metastático, principalmente quando resistente à terapia com iodo, é desafiador. Por sua vez, descobertas recentes de marcadores moleculares relacionados com esta doença levaram a importantes avanços no tratamento e seguimento de tumores agressivos.


Dr. Luiz Paulo Kowalski

É o que apontam pesquisadores do Programa de Cirurgia Oncológica do National Cancer Institute (NCI), dos Estados Unidos no estudo New Therapies for Advanced Thyroid Cancer publicado na Frontiers in Endocrinology. Essa é uma importante referência que resume achados laboratoriais norteadores para decisões clínicas.

 

O trabalho resume a compreensão das alterações genéticas e as vias desreguladas no câncer de tireoide e discute as indicações e papel das terapias-alvo e imunoterapia para pacientes com câncer de tireoide avançado como sendo promissoras devido a atividade antitumoral e de benefício clínico. O câncer de tireoide, segundo o levantamento Globocan, da Agência Internacional para Pesquisa do Câncer (IARC) é o quinto tumor maligno mais comum no mundo no sexo feminino, tendo sido diagnosticado em mais de 614 mil mulheres em 2022. No Brasil, a estimativa, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é que mais de 14 mil brasileiras vão receber o diagnóstico de câncer de tireoide em 2025.

 

O tratamento do câncer de tireoide, na maioria dos casos, é por cirurgia, que pode ser parcial (lobectomia) ou total (tireoidectomia) e, a depender do estadiamento (grau em que a doença é diagnosticada) o tratamento pode ser complementado com iodo radiotivo e radioterapia. A quimioterapia também pode ser indicada, sendo que as terapias direcionadas (drogas-alvo e imunoterapia) descobertas recentemente, inibem os mecanismos oncogênicos conhecidos na iniciação e progressão do câncer de tireoide, como a via MAPK, as vias PI3K/Akt-mTOR ou VEGF.

 

Os tipos de câncer de tireoide, marcadores e indicações

 

O câncer de tireoide é originário de células epiteliais foliculares ou células C parafoliculares. Os cânceres de tireoide derivados de células foliculares são classificados em quatro tipos histológicos: carcinoma papilífero, que representa cerca de 80% dos casos, carcinoma folicular, carcinoma pouco diferenciado e carcinoma anaplásico (ATC). As alterações genéticas associadas ao câncer de tireoide diferenciado incluem BRAF, RAS ou rearranjos RET/PTC, que levam à ativação da via oncogênica MAPK.

 

A variante V600E da mutação BRAF e mutações RAS são detectadas em 23% e 20% de ATC, respectivamente, no entanto, ocorrências adicionais de mutações dos promotores de TP53 e TERT com mutações de drivers conhecidas são comuns apenas nesses tumores. Essas descobertas sugerem que alterações patogênicas adicionais em supressores de tumor e oncogenes podem levar à progressão de carcinoma bem diferenciado para carcinomas poucos diferenciados (WDTC) ou carcinomas anaplásicos (ATC).

 

Pacientes com WDTC de baixo risco podem ser tratados apenas com cirurgia, enquanto aqueles com características de alto risco podem exigir supressão de tireotropina (TSH) e terapia com radioiodo (RAI). Embora o câncer de tireoide anaplásico (ATC) seja o subtipo histológico mais agressivo de câncer de tireoide, a maioria das mortes relacionadas ao câncer de tireoide são devidas à progressão de WDTCs refratários a iodo radioativo.

 

Resumo das estratégias terapêuticas

 

Neste estudo de revisão, os autores resumem todas as novas estratégias terapêuticas que mostraram resposta no câncer de tireoide avançado classificado com carcinoma papilífero, folicular, pouco diferenciado ou anaplásico, de acordo com as diferentes modalidades de tratamento, como ablação por iodo radioativo, supressão de TSH, marcadores de PI3K/Alk; anti-angiogênicos TKI e imunoterapia. “Destaque para o fato de que o aumento da expressão de PD-L1, demonstrado em vários tumores sólidos, foi associado a um prognóstico ruim nestes pacientes. O direcionamento do PD-L1 pode ser, portanto, uma terapia eficaz no câncer de tireoide avançado”, explica o cirurgião oncológico Dr. Luiz Paulo Kowalski.

 

Outro ponto destacado por Kowalski é para a tabela que traz o resumo das evidências de drogas-alvo (vemurafenibe, dabrafenibe, sorafenibe, levantinibe, entre outras), para quais tipos de câncer de tireoide cada terapia um destas terapias é indicada e o apontamento dos respectivos resultados em sobrevida global, sobrevida livre de doença e taxa de resposta objetiva.

 

Referência do estudo

 

Laha D, Nilubol N, Boufraqech M. New Therapies for Advanced Thyroid Cancer. Front Endocrinol (Lausanne). 2020 May 22;11:82.

 

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