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Novembro Azul: Por que o câncer de cabeça e pescoço é mais comum nos homens do que nas mulheres?

Cuidar da saúde é um ato de amor próprio. Por isso, em 2003, foi criado o movimento Novembro Azul, para conscientizar os homens sobre doenças que podem afetá-los, principalmente o câncer de próstata, e sobre a importância de ter hábitos saudáveis para a prevenção de doenças.


Evitar os fatores de risco é um passo importante para ajudar na prevenção e, no caso do câncer de cabeça e pescoço, o tabagismo e o consumo excessivo de bebidas alcóolicas podem aumentar as chances de desenvolvimento de um tumor na boca, faringe e laringe.


Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), dois dos tipos mais comuns de câncer de cabeça e pescoço têm maior incidência entre os homens: dos 15.190 casos estimados de tumores de boca no último ano, 11.180 foram em homens e 4.010 em mulheres; para o câncer de laringe, mais de 84% dos diagnósticos são realizados em brasileiros do sexo masculino. Entre os tipos mais incidentes de câncer de cabeça e pescoço, o único com maior número de casos entre as mulheres é o da tireoide, que não tem o tabagismo e o consumo de bebidas alcóolicas como fatores de risco.


De acordo com dados do Global Tobacco Surveillance System (GTSS), cerca de 15,9% dos homens adultos no Brasil fumam, enquanto 9,6% das mulheres no país têm esse hábito. Ou seja: com mais tabagistas no sexo masculino, maior o número de casos de câncer de cabeça e pescoço entre eles.


E por causa do cigarro também ser um fator de risco para outros tipos de tumores, como de garganta, pulmão, esôfago e rins, todos apresentam maior incidência na população masculina. A maior exposição a esse e outros agentes prejudiciais a saúde aumentam o número de doenças entre os homens.



Por que os homens cuidam menos da saúde?


Os motivos que levam os homens a cuidar menos da saúde podem ser diversos: falta de informação, preconceito, medo ou até a equivocada ideia de se acharem invulneráveis - e justamente por isso, se expõem mais a riscos e vícios, como o tabagismo.


Entre as mulheres, por exemplo, é incentivado desde cedo o costume de se preocupar mais com a saúde e consultar frequentemente o médico, principalmente o ginecologista. Entre os homens, o machismo e outros tipos de preconceito diminuem o estímulo para buscar se cuidar.


Essas diferenças se refletem até na pior expectativa de vida do sexo masculino: no Brasil, os homens vivem em média 73,1 anos, enquanto as mulheres chegam aos 80,1 anos na média, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, a taxa de mortalidade dos homens é sempre acima das mulheres em qualquer faixa etária.


Isso ocorre desde causas externas e não naturais (como homicídios e acidentes), como também devido a essa negligência em cuidar da própria saúde. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 31% dos brasileiros não costumam ir ao médico - e 70% entre aqueles que vão à consulta tiveram influência de uma mulher, seja a mãe, esposa ou irmã, ou dos filhos.


A possível morosidade em ir até uma consulta médica pode ser um prejudicial quando se fala de câncer de cabeça e pescoço. Afinal, quando a doença é diagnosticada no estágio inicial, as chances de sucesso no tratamento são de mais de 90%. E para a detecção precoce possa ter maiores probabilidades de ocorrer, é importante que os exames de rotina estejam em dia. Consulte o médico especialista para fazer esse check-up completo da sua saúde, especialmente a partir dos 50 anos - ou antes, caso tenha algum histórico de câncer na sua família.

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