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Por que a doação de sangue é tão importante para o paciente em tratamento do câncer

Doar sangue salva vidas, entre elas, a de um paciente em tratamento de câncer. Esse gesto, simples e que muitos podem fazer, é fundamental para a sobrevida de diversas pessoas, desde as que possuem uma doença crônica, como anemia ou insuficiência renal, ou aquelas que precisam de transfusão por terem sofrido algum acidente.


Para o paciente oncológico, a doação de sangue pode influenciar diretamente na efetividade do tratamento, como também ajudar a reduzir quadro de dores ou outras reações adversas após uma quimioterapia. Há casos também em que o tratamento precisa ser adiado até que a pessoa consiga receber a transfusão de sangue necessária.


Por isso, é importante colaborar com as campanhas de doação de sangue. Seja com o ato de doar em si, ou mesmo para compartilhar e conscientizar para que mais pessoas doem sangue, até porque, no Brasil, os números estão baixos. A média global de doadores é de cerca de 3 a 5% da população; entre os brasileiros, porém, esse número é menor, pois somente 1,8% doam sangue.



Por que o paciente oncológico precisa receber doação de sangue?


O paciente em tratamento de câncer pode precisar da doação de sangue por uma série de motivos. Um deles é o tumor provocar a perda de sangue, como por exemplo no intestino ou estômago, por meio de feridas e sangramentos internos.


Existem também tipos de câncer que atingem o sangue diretamente, como leucemia, linfoma e mieloma múltiplo, doenças que atingem a produção de células sanguíneas - e nesses casos pode ser necessário até mesmo um transplante de medula. Além disso, o paciente oncológico pode perder a capacidade de repor o próprio sangue e aumenta a dependência em relação à doação de terceiros.


A quimioterapia, apesar de importante no tratamento oncológico, também pode reduzir a produção de células sanguíneas, por exemplo, ao afetar a medula óssea e fazer com que o paciente produza o sangue em quantidade menor do que o desejado por um determinado período. Após a realização de cirurgias, seja para remover o tumor ou reconstruir órgãos, também pode ser necessária a transfusão de sangue para o paciente oncológico.


Outra deficiência que pode ocorrer no paciente oncológico é de plaquetas, componentes do sangue que atuam na coagulação sanguínea. Essa redução de plaquetas pode ocorrer como uma reação à quimioterapia ou cirurgia, além de casos de doenças como leucemia.


A quantidade de sangue ou plaquetas que um paciente oncológico precisa pode variar de acordo com o tipo de câncer e de tratamento. Quem tem uma leucemia, por exemplo, pode precisar de mais doações; já os diagnosticados com um câncer colorretal podem ter uma necessidade menor durante um período de tempo.



Quem pode doar sangue?


Tanto para a doação de sangue, quanto para de plaquetas ou mesmo de medula óssea, existem condições que devem ser atendidas pelo doador. Veja os principais requisitos para doar sangue:


- Estar em boas condições de saúde;

- Ter entre 18 e 69 anos, mas a primeira doação deve ser feita até os 60 anos (menores de 18 anos precisam de autorização formal de um responsável);

- Pesar mais de 50 kg;

- Não ser portador de doenças crônicas – isso inclui pacientes oncológicos;

- Ter descansado por pelo menos 6 horas antes da doação;

- Não estar em jejum, mas também não ter consumido alimentos com alto teor de gordura nas últimas 4 horas.


Existem também impedimentos temporários, como não ter recebido transfusão de sangue no último ano ou não ter tido um resfriado na última semana. Todos os requisitos podem ser conferidos junto ao hemocentro mais próximo. Em São Paulo, por exemplo, é possível saber mais no site da Fundação Pró-Sangue: www.prosangue.sp.gov.br/artigos/requisitos_basicos_para_doacao.html

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