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Por que o homem vai menos ao médico?

Fazer exames de rotina e se consultar com um médico periodicamente é um dos hábitos importantes para cuidar da saúde – assim como ter uma dieta equilibrada, evitar o tabagismo e praticar atividades físicas, por exemplo. E se o assunto saúde já é de maior interesse das mulheres, quando se trata de ir ao médico, os homens têm números ainda mais preocupantes.


De acordo com o Programa Nacional de Saúde (PNS), a taxa de mulheres que vão ao médico é de 82,3%, bem acima dos 69,4% registrados entre os homens. Esse dado acende a atenção para campanhas, como o Novembro Azul, que buscam incentivar o homem a olhar mais para a própria saúde.


A importância de ir ao médico vai além de ser possível examinar como está o corpo (seja por testes tradicionais como de sangue e de imagens): é possível realizar exames de rastreamento para doenças silenciosas, como o câncer. Especialmente após os 40 anos, um tumor pode se desenvolver sem manifestar sinais iniciais, mas esses exames podem detectá-lo.


Os motivos que inibem a ida do homem ao médico


De acordo com uma pesquisa da Cleveland Clinic, apenas metade dos homens costumam fazer exames de rotina. Um dos motivos é a falta de hábito em buscar mais informações sobre a própria saúde.


O estímulo desse hábito é a explicação para a diferença entre os gêneros feminino e masculino quando o assunto é presença no médico. A maioria das mulheres, desde cedo, é incentivada a buscar o sistema de saúde, visitando periodicamente o ginecologista e outras especialidades médicas. Entre os homens, porém, a não ser que apareça algum sintoma ou dor que incomode, a maioria tende a buscar uma avaliação médica somente após os 40 anos de idade.


Falar sobre o assunto saúde, inclusive, não é do agrado dos homens. Esse mesmo levantamento indica que 20% deles admitem não ser sinceros com os próprios médicos. Isso ocorre desde motivos como constrangimento ou desconforto para falar sobre determinados assuntos ou até porque não querem ter que alterar a dieta ou o estilo de vida.


Outro dado que impressiona é que 65% dos entrevistados admitiram que evitam ir ao médico pelo maior período possível. E cerca de 1 a cada 3 sequer foram atrás dos resultados dos exames, pois não estavam preparados para lidar com o resultado – eles alegam temer um diagnóstico “preocupante”, seja porque não estariam prontos para encarar a doença ou porque receiam ser julgados por outras pessoas, inclusive pelos próprios médicos.


Esse medo pode decorrer da ideia de “fraqueza” que os homens, supostamente, não podem demonstrar, além do temor causado pela falta de informação sobre as doenças, especialmente o câncer, desde a possibilidade de tratamento e das implicações que pode ter.


Independente do motivo, é importante buscar a consulta médica


É comum que, mesmo entre os homens que vão ao médico, quem agende a consulta é uma mulher - seja a mãe, esposa, irmã ou filha. A ajuda é importante, mas é preciso que os homens busquem aumentar a frequência de conversar com um especialista.


Quando o médico atende um paciente, ele pode fazer desde uma análise clínica até solicitar exames para acompanhar o quadro de saúde, mesmo em casos quando não há relatos de sintomas ou dores. Esses exames, que podem ser classificados como de rastreamento, ajudam a detectar possíveis suspeitas de alguma doença como o câncer, por exemplo.


Não que um resultado alterado já signifique um diagnóstico de um tumor maligno. Na verdade, na maioria dos casos, quando aparece algo suspeito se trata de uma condição benigna. Mas é preciso investigar, pois, caso seja um câncer, o diagnóstico precoce permite maiores chances de cura.


Por isso, homens – e também as mulheres – devem sempre buscar realizar seus exames de rotina. Agende a consulta com um médico e faça um check-up periódico pela sua saúde.

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